O lado de cá

Alfredo, Diana, Camila e Anete.Esse negócio de expor os trabalhos é muito interessante. Como cantor, sempre me expus. Sempre estive no palco mostrando o meu trabalho, me desnudando. Dias antes da mostra, fiquei tentando adivinhar como me sentiria sendo observado na intimidade dos meus trabalhos e observando o olhar dos outros. Essa sensação de ser voyer de si mesmo foi muito estranha! É mais ou menos como se eu cantasse e, cantando, me visse cantar observando quem me assistia. Loucura, eu sei. Mas foi mais ou menos isso que senti. Muito gostoso ver os olhares se alimentando do seu trabalho. Admirando o seu trabalho. Ver o que a obra provoca. Essa sensação é boa, sem dúvida, mas muito diferente daquela quando se está “sentado”, “pendurado” em um agudo, sustentando com sua voz o respiro do público. Loucura atrás de loucura. Como diria Salomão, é tudo vaidade. Faz parte do ser humano. Faz parte de mim.  E não posso esquecer que essa é apenas a minha percepção dos fatos! Há a percepção do outro e essa se multiplica por sabe Deus quantos! Raro é que o que penso bata com o pensamento do outro. O que imaginei ser uma apreciação atenta do meu trabalho, pode muito bem ter sido uma outra coisa qualquer. Enfim, foi! Aconteceu! Fiz o melhor que pude e quero mais. Obrigado a Anete Ring que fez com tanto carinho a curadoria da minha exposição! Obrigado a Camila, minha companheira de todas as horas!

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3 respostas para O lado de cá

  1. Luciana Bueno disse:

    Paulo, parabéns! Deve ser muito emocionante vivenciar outro tipo de arte, diferente do canto. Lamento não ter ido, vc sabe, com criança em casa a dinâmica é sempre outra. Parabéns e muito sucesso. Ah, vc escreve muito bem, adoro seus textos! BJ!!!
    LU

  2. pedrita disse:

    que bom que gostou, eu gostei muito dos seus trabalhos, a foto ficou ótima. beijos, pedrita

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